[Livro] Resenha: A Batalha do Apocalipse



→ Sinopse: Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o juízo final.
Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedom, o embate final entre Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo. (Wikipédia)

→ Escritor: Eduardo Spohr

→ Ano de publicação: 2007, pelo site Jovem Nerd; 2009 pelo selo editorial Jovem Nerd; 2010 pela editora Verus.

→ Páginas: 586


"A Batalha do Apocalipse: Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo", do escritor e jornalista Eduardo Spohr, conta a história da batalha apocalíptica que ocorre entre o exércitos do tirânico arcanjo Miguel, contra o de Lúcifer; ambos lutando para ascenderem no lugar de Deus, que ainda descansa do sétimo dia após a criação do paraíso (ou está morto?).

A história é única na literatura brasileira, pois não acredito sequer ter ouvido falar de uma obra que tivesse a mesma premissa; além disso a forma de apresentação dos fatos narrados é incrivelmente criativa, utilizando eventos bíblicos, reinventando e ressignificando-os.
Não foi exatamente um livro fácil de ler. A narrativa é bem densa e em alguns momentos tive a sensação que, por mais que eu lesse, não estava "saindo do lugar", embora eu tenha tido momentos bastante satisfatórios durante a leitura.

O protagonista é Ablon, o Anjo Renegado, sendo ele um dos personagens desenvolvidos e apresentados de modo completo, juntamente com Lúcifer e Miguel (que podem ser considerados os antagonistas de Ablon), no entanto,  por diversos momentos, pareceu que outros dos personagens da história foram desenvolvidos unicamente em prol de Ablon e de toda a sua "glória angélica", o que foi bastante desmotivador, principalmente no caso da feiticeira e praticamente par romântico de Ablon (digo "praticamente" porque o romance não chegou a convencer), Shamira, que embora fosse forte, independente e poderosa, parecia agir apenas para que Ablon conseguisse prosseguir sua jornada do herói.

Outro ponto que pode ser considerado positivo ou não é a narrativa extremamente detalhista, possuindo capítulos inteiros para descrição de um diálogo e/ou cena; o que poderia ter sido reduzido, uma vez que alguns desses diálogos não ofereciam informações indispensáveis e, quando ofereciam, tais informações poderiam ser dadas de forma reduzida. Mas, como eu disse anteriormente, isso pode ser considerado um ponto positivo ou não, variando de leitor para leitor.

É um livro agradável, principalmente se você tem interesse por aventuras apocalípticas com base religiosa, tendo o bônus de serem ambientadas em terras brasileiras. E, embora seja longo, o que já seria esperado deste tipo de história, consegue prender nossa atenção por grande parte do tempo, mesmo que algumas pessoas - como eu - passe por alguns capítulos apenas esperando que algo aconteça, rs. Alguns momentos pareceram alongados sem haver necessidade quando, em outros, parece que parte importante foi suprimida, como por exemplo o final, que pareceu bastante corrido, deixando aquela sensação de que algo estava faltando. Eu sei que esse é o primeiro livro de uma saga, mas não explica a sensação de que o final simplesmente foi um "pronto, acabou".
Agora resta a minha dúvida de acompanhar ou não o próximo livro da saga.


2 comentários :

  1. Olha, Lola, eu fiquei encantada com a premissa desse livro, fiquei super ansiosa pra ler, ganhei e, santo deus, não passava da primeira página, nem me esforçando. E olha que, SIMMM, eu tenho interesse por aventuras apocalípticas com base religiosa HAUHAUEHAUE. Eu nem tenho problema com narrativas detalhistas. Poxa, sou apaixonada por Stephen King (Se você já leu, sabe do que tô falando). Mas acho que, hm hm, não fui com a escrita do Spohr. Até acabei dando meu exemplar pra um amigo. Mas acho que vou dar outra chance pra esse livro, a premissa ainda me atrai, sabe?
    Enfim, já tô seguindo e vou acompanhar teu cantinho ^^
    Beijos!

    Gabi, PSYCHOTECA | http://goo.gl/12H4HV |

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    1. Eu também tive muita dificuldade em começar o livro e, como disse ali, em alguns momentos parecia que eu lia lia e lia e não conseguia sair do lugar, então eu sei bem como se sente OSKAOPKSOAPS Sim, eu já li Stephen King e eu adoro, mas acho que o Spohr conseguiu levar o "detalhismo" a um outro nível, não consegui curtir muito isso.
      Acho que se você ainda tem curiosidade pela história deve tentar ler de novo, quem vai rola, né? Ainda estou pensando se vou continuar lendo os outros livros do autor...
      E obrigada! Vou acompanhar o seu cantinho também! *-*

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